terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

As 7 igrejas de Apocalipse (IV):

A missa dos católicos é chamada, por eles mesmos, de “um mistério”, um sacrifício contínuo que o sacerdote realiza diariamente, e através do “mistério” da transubstanciação, transforma o pão e o vinho no verdadeiro corpo e sangue de Cristo. É claramente uma cerimônia pagã. Como a antiga religião babilônica e os cultos semíticos, o catolicismo tem segredos e mistérios, que apenas os seus nicolaítas dominam e têm acesso. Só depois de muitos anos de estudo se consegue atingir essa sabedoria profunda. Além do mais, são notórias as “aparições de Maria”, cheias de “segredos” e “mistérios”.
A.W. Pink diz que “Satanás não é um iniciador, ele é um imitador. Assim que, enquanto o Espírito Santo ‘perscruta todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus’ (I Coríntios 2:10), Satanás também provê ‘coisas profundas’ (Apocalipse 2:24).
Uma das repreensões a Tiatira era que havia ali alguns entendidos nas “profundezas de Satanás”. Sabemos que os gnósticos, que já se infiltravam nas igrejas à época em que foi escrito o Apocalipse (por volta do ano 95 d.C.), chamavam suas doutrinas de “as profundezas de Deus”, afirmando que elas continham segredos e mistérios. Caso se interesse, veja este link e preste atenção às palavras “sabedoria”, “mistério” e “profundidade”, destacadas no texto. Para ser um cristão pleno, diziam, era necessário adquirir certos conhecimentos ocultos. Contudo, Cristo chama essa “sabedoria oculta” de “profundezas de Satanás”. A Bíblia diz que os que procuram tais coisas são os que sentem comichões nos ouvidos. Isso acontece quando a doutrina gnóstica persuade o homem a buscar os mistérios e o profundo conhecimento dos homens que já os obtiveram. A Escritura classifica isso como ocultismo. No Evangelho de Tomé (gnóstico) é declarado que aqueles que alcançam um conhecimento mais elevado não são simplesmente cristãos, mas “pequenos cristos”. Como? Pelo “conhecimento da sabedoria divina”.
Os falsos profetas da Igreja moderna vangloriam-se de conhecer profundezas espirituais – ou “mistérios” – dando a si mesmos os pomposos e egocêntricos títulos de apóstolos e profetas (cheios do conhecimento). Esse tipo de engodo satânico tem seduzido a Igreja. Como Paulo havia advertido a Timóteo, “virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos” (II Timóteo 4:3).
Mistérios? Há igrejas ditas evangélicas onde o culto é um culto de mistérios!
Encheram a Igreja de misticismo, um paganismo disfarçado de cristianismo. Não é difícil perceber o misticismo evangélico-pagão, traduzido em palavras, objetos e práticas. Com base no suposto poder das palavras, são criadas frases de “poder”. Nomes de pessoas são questionados como portadores de bênção ou maldição. Polêmicas são travadas por causa dos nomes das cidades e lugares: males presentes na localidade decorrem do nome maldito que o lugar tem. Para que a cidade prospere é preciso trocar o nome. Se fosse simples assim, Salvador (BA) e Vitória (ES) não teriam problemas! Esta última é uma das mais violentas do país. E olhe que ela é capital do Espírito Santo! Imagine se não fosse... No que se refere à linguagem, é clara a incorporação da linguagem religiosa pagã, com palavras “poderosas” ditas a todo instante, como se fossem encantamentos: “profetiza bênção, irmão”! “Declara vitória”! “Determina prosperidade”, para “acessar os tesouros de Deus”, “o novo de Deus”, o “de repente” de Deus... e por aí vai.
É copo com água sobre o rádio, ou sobre a TV, água do rio Jordão, óleo de Jerusalém, sabonete ungido, lenço abençoado, rosa orada, vassoura ungida para varrer a maldição da casa, fitinhas abençoadas, dentes de ouro, toalhinha com suor do “apóstolo” etc... Essas coisas são como “portadores de bênçãos” ou poderes mágicos, e até a própria Bíblia passa a ser um amuleto, sempre aberta no Salmo 91 (para não falar da famosa “caixinha de promessas”).
Rituais estranhos agora são comuns, como os tais “reteté”. Muitos vivem atrás das “adivinhações” da irmã ou do pastor que “profetiza”. Buscam experiências de êxtase para terem visões. Recorrem às fórmulas mágicas (pelas quais se paga) para alcançar “bênçãos”, para afastar ou quebrar maldições, como banhos de descarrego, unção de roupas e retratos, ou de carteiras de trabalho de quem está sem emprego, fazem correntes etc. Tem igreja que faz “banho com sete águas” – da cachoeira, da fonte, do mar, do rio, do lago, do filtro e da chuva! Veja aqui e aqui se eu inventei isso. Há outros que nas noites de sexta-feira sobem a um monte onde é feito um braseiro de sete metros de comprimento, sobre o qual caminham descalços. Há outros que sobem montes andando de quatro, como animais, “oferecendo sacrifício a Deus”. Outros estão buscando experiências como “nova unção”, “bênção do riso” e dos “urros no Espírito”; visões de anjos etc. Tudo sob orientação de “profetas”, de “sábios ungidos”! O que é isso tudo, senão misticismo, paganismo, religião “de mistérios”?
Existe “louvor” invocando “mistério”, mandando “falar em mistério” – aqui,  aqui e aqui. Aliás, as músicas que se cantam em determinados círculos evangélicos se parecem mais com os “mantras” das religiões orientais. Dani Marques diz que “as músicas recheadas de repetições [são] verdadeiros mantras! Elas fazem com que a igreja entre numa espécie de transe: [repete-se] ‘vem Espírito’ vinte vezes; ‘sopra neste lugar’ quinze vezes; ‘derrama’, trinta vezes... A música mexe profundamente com as emoções, e a linha que separa a manifestação emocional da espiritual é muito tênue, poucos conseguem discernir. A mente é como um mundo paralelo, e cada um desenvolve o que deseja. A Psiquiatria chama isso de ‘Transtornos Dissociativos’, podendo acontecer de forma coletiva. Causam estados alterados de consciência, estado de sugestionabilidade [sic] aumentada (frases repetitivas, ordens de comando, cânticos e movimentos pseudo-espirituais), aumento de percepções de imagens como luzes ou fumaça, diminuição da iniciativa e da atitude de planejamento (fazer o que pedem) e redução momentânea da capacidade de teste de realidade. Tais fenômenos são caracterizados por estados transitórios em que parece haver uma dissociação mental completa ou parcial, na qual o sujeito pode apresentar-se sem movimentação motora ou com automatismos em atos e pensamentos e um estado hipnótico, semelhante a um sonho ou embriaguez” (texto original). Ora, isso é exatamente o que ocorria nos cultos pagãos, onde o oráculo entrava em transe!
E o que dizer de igrejas cheias de símbolos ocultistas? São verdadeiros códigos secretos, desde o próprio logotipo até a arquitetura, como você pode ver aqui ao lado e também aqui, aqui, aqui...
A igreja católica perseguiu os cristãos genuínos. Mas há igrejas ditas evangélicas que também perseguem os que não aceitam seus costumes injustificados, seus dogmas que parecem ser mais importantes do que a Palavra de Deus. Há muitos que não compactuam com a onda judaizante, e são excluídos. Há outros que não aceitam aberrações e novos ensinos, novas unções, como essa moda de batalha espiritual, conquista de cidades, maldições hereditárias, atos proféticos e outras bobagens, e são excluídos, isolados. Ai que de quem questionar a autoridade do “apóstolo”! Logo dizem que não se deve tocar no ungido, e é o fim da comunhão. O espírito de Jezabel é quem manda. A falsa profetisa, que ensina heresias, é tolerada!
O ministério de Jezabel é simples: ela apareceu na igreja profetizando e ensinando uma nova doutrina que, em essência, era a velha mentira do Diabo (Gênesis 3:1,4). Distorceu o que Deus havia falado; apresentou um ensino novo, uma unção nova e, quem sabe, até um método novo de crescimento da igreja. O que parecia uma nova revelação era, na verdade, o engano antigo e caduco que levou nossos pais à ruína (II Coríntios 11:3, 4).
Hoje, nem falo mais da igreja católica, pois as suas heresias são claras e evidentes; mas nas igrejas ditas evangélicas, o que menos se ouve é o Evangelho. Prega-se “um outro evangelho”, estranho ao que Jesus e os apóstolos anunciaram: uma coleção de tosqueiras que não muda vida de ninguém, que não gera frutos espirituais.
Jezabel introduziu novos costumes na igreja. Agora não há problema em tocar rock, fazer culto ao som do funk, nem ir para a balada: tudo é gospel, até mesmo o carnaval gospel, com direito a trio elétrico e “abadá”. Agora, a mulher pode andar de calça apertada, saia curta ou blusa frente-única, e o homem pode usar cabelo comprido e brincos; em compensação, todos podem usar piercings e tatuagens: só falta usar um osso atravessado no nariz. Tudo gospel, claro. Se o crente não quiser ir assistir à luta de vale-tudo no estádio ou no ginásio, não tem problema, fazemos luta de vale-tudo na igreja.
O Halloween antes era do capeta, mas agora a gente faz um só pra nós, santificado porque escrevemos gospel em baixo. E a festa junina, que era para os santos católicos, agora a gente diz que é para Jesus e está tudo certo. Não tem problema, pois Jezabel já aprovou tudo na última reunião da diretoria da igreja. Vamos até pedir uma oferta especial este mês para financiar esses eventos: afinal, é preciso manter o jovem na igreja. A profetisa assim o disse e determinou.
Como vimos anteriormente aqui, Deus havia dito aos israelitas que exterminassem os cananeus, o que eles não fizeram. Pelo contrário, deixaram-nos em paz, habitaram com eles e se misturaram com eles. O resultado foi que o povo de Deus foi atraído pelos deuses dos cananeus, onde os mais importantes eram Baal e Astarote, justamente os que Jezabel trouxe para Israel mais tarde (I Reis 16:31-33; 18:19; II Reis 9:22; Jeremias 19:5; Oséias 2:8, 16).
Isto mostra o quanto é importante não se misturar com as nações da terra. Enquanto a Igreja aceitar conviver “numa boa” com os deuses dos povos que a cercam, estará “tolerando Jezabel” (Apocalipse 2:20), que mais cedo ou mais tarde tomará o poder e exercerá o domínio.
Nunca se esqueça disto: Jezabel é sacerdotisa e profetisa de Baal, não de Jeová! Não foi à toa que Elias disse ao povo daqueles tempos confusos: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; mas se é Baal, segui-o!” (I Reis 18:21). Decida-se! Deus ou Baal; Jesus ou Jezabel!
E se você quer saber a quem anda servindo, não perca o próximo artigo.
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Sugestão de leitura sobre este tema: http://noticias.gospelprime.com.br/files/2011/11/A-Visao-David-Wilkerson.pdf

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